segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Na inconstância das horas

Eu tinha no peito o clarão das alvoradas,
O furor dessas paradas que galopam desatinos...
Queria ser destino, em ves de ser pegada,
Queria ser chegada, em vez de ser caminho.

Foto by Edu - "Dani e a Tordilha" - Maio/06
Eu tinha o momento a comandar os passos
E nos meus abraços sempre um novo adeus...
Queria ter o céu abrindo as madrugadas
Pras loucas disparadas dos anseios meus.
Eu tinha rompantes nesses tempos moços,
Pelos alvoraços que essa idade faz...
Queria ser capaz de andar pechando touros
E os desaforos não deixar pra trás.
Queria ter no verbo o fio das adagas,
Queria ter na alma sonho e viração.
Queria ter nos olhos dois peraus profundos.
Queria ter um mundo no calor das mãos.
Eu tinha comigo a inconstância dessas horas,
O coração nas esporas fazendo o meu calendário.
Só queria o necessário pra sustentar a existência,
Pois pensava que experiência não ficava pra inventário.
Eu sempre tive pressa, mas chegava ao nada
E a minha estrada foi chegando ao fim.
Eu não queria assim ficar aqui sozinho
Olhando o meu caminho não ir além de mim.
(Juca Moraes/Carlos Omar Villela/Luiz Carlos Ranolf)

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Zamba de mi esperanza

Zamba de mi esperanza,

amanecida como un querer,

sueño, sueño del alma

que a veces muere sin florecer

Zamba, a ti te canto,

porque tu canto derrama amor,

caricia de tu pañuelo que

va envolviendo mi corazón.

Estrella tu que miraste

Tu que esuchaste mi padecer

Estreya deja que cante,

Deja que quiera como yo sé

El tiempo que va pasando,

como la vida no vuelve mas,

el tiempo me va matando

y tu cariño será, será.

Hundido en horizontes.

soy polvareda que al viento va,

zamba, ya no me dejes

yo sin tu canto no vivo mas.



(Música do folclore argentino)

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Rádiotransporte-se!

Tenho me "rádiotransportado" através da Rádio Tertúlia de Piratini.

Pra quem gosta de ouvir boa música gaúcha e sentir-se mais perto das coxilhas recomendo.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Eduardo Galeano es my amor


"O mundo é isso – um montão de gente, um mar de foguinhos.
Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as demais.
Não existem dois fogos iguais.
Existem fogos grandes e fogos pequenos e fogos de todas as cores. Existe gente de fogo sereno,
Foto: Casapueblo, Punta Del Este by Edu
que nem se intera do vento, e gente de fogo louco, que deixa o ar cheio de faíscas.
Alguns fogos, fogos bobos, não alumbram e nem queimam; mas outros ardem a vida com tanta vontade que não se pode olhá-los sem tocar, e quem chega perto, se incendeia."

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Ramilonga

" Ruas molhadas, ruas da flor lilás
Ruas de um anarquista noturno
Ruas do Armando, ruas do Quintana
Nunca mais, nunca mais
Do Alto do Bronze eu vou pra
Cidade Baixa
Depois as estradas, praias e morros

Foto: Mate em Nova Petrópolis by Dani
Ares de milonga vão e me carregam
Por aí, por aí

Ramilonga, Ramilonga"

(Vitor Ramil)

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Tango my pasion...

Se tivesse que descrever esta cena com uma palavra diria: PERFEITA!

Clique e veja cena imperdível do filme "Assassination Tango"

Estou ou não estou certa?

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Clássicos da Milonga


LOS EJES DE MI CARRETA

(Atahualpa Yupanqui)

Porque no engraso los ejes
me llaman abandonao ...
Si a mí me gusta que suenen,
¿pa' qué los quiero engrasaos?

Es demasiado aburrido
seguir y seguir la huella,
demasiao largo el camino
sin nada que me entretenga.

No necesito silencio,
yo no tengo en qué pensar.
Tenía, pero hace tiempo,
ahura ya no pienso más.

Los ejes de mi carreta
nunca los voy a engrasar ...

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Milongando


Cada dia mais apaixonada pelo tango e a milonga,
ando em overdoses de filmes, músicas e indumentárias,
ando intoxicada de milonga e tango...
ando cada dia mais apaixonada...
inda mais quando se vê um filme épico,
com uma cena linda como esta.

Certa vez, há anos atrás alguém chegou até mim e falou:
"Tu pareces Frida Kalo!"
Na época minhas sombrancelhas ainda eram unidas
e meu cabelo chegava na cintura.
Hoje ainda me sinto Frida, mas apenas no
espírito inquieto... revolucionário...
e milongueiro.