sexta-feira, 29 de abril de 2011

O centauro

Daniela Soares da Rosa.

29 de abril de 1911. Nasce o centauro pampeano. A bombacha, o lenço no pescoço, o tirador. O fio do bigode, valores, crenças. Dias bucólicos preenchidos por heróicos atos de coerência diária. Simplicidade, trabalho, grandeza no fazer, confiança. Misturados numa teia de elementos que constrói a história que é deixada de inventário.

Rigor. Ser na medida certa, humildade. Firmeza no laço, nas rédeas, nos passos, na lealdade com os seus. Doçura no olhar, no coração amorosidade e delicadeza na fala. O tom da voz profunda que o tempo não tirou a força, roubou-lhe apenas um pouco da audição. Mas para escutar, nem sempre é preciso ouvir.

Sabedoria, vivência, práxis, alma tisnada de saber empírico. Exemplo, marcado a ferro nas almas circundantes, na família, nos amigos, nos superiores, nos admiradores, nos que hão de vir, através da memória destes.

29 de abril de 2011. Milhões de pessoas aguardam o mais novo casal real sair da abadia de Westminster. Príncipes, princesas, rainhas e reis. Atos centenários revividos. A reverência ao passado, aos antepassados nos faz ser o que somos. Identidade. Ritos, costumes, alianças, valores, véus, cultura, lenços, passado, presente.

Cinco da manhã. Um chimarrão cevado pelo frio da madrugada gaúcha, ao lado o fogão a lenha companheiro de todos os dias da lida, e vida. O bichano cor da noite. O estalido da lenha queimando. Debaixo do teto de zinco enferrujado, a madeira envelhecida pelo rigor do clima da campanha, onde o vento penetra pelas frestas que o tempo havia talhado na velha cozinha da casa. O centenário do nascimento de Florisman. Seus atos revivem em nós. A tradição se cumpre.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

2010 foi um ano corrido pra mim. Nem minha coleção de cactus sobreviveu a minha total falta de tempo para ela. Aos poucos vou retomando as coisas da casa...

2011 já ingressou com algumas atribulações e novas situações de vida.

Já comentei por aqui que não gosto de anos ímpares? Não sei porquê mas eles nunca são bons para mim... Enfim... supertições.

Mas, para colocar tudo no seu devido lugar vou tentando organizar minhas novas atribuições do mais simples para o mais complexo. Vamos começar pelas coisas pequenas, as grandes serão decorrência das pequenas conquistas cotidianas.

E assim vamos desenhando 2011, que já avançou até o mês de abril num piscar de olhos...