terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Formatura da Oficina de Criação Literária

Emocionante Aventura !

Discurso da Representante da Oficina de Criação Literária Bilíngue Alcy Cheuiche “Entre o Sena e o Guaíba”. Contos – 2011. Maria de Jesus Monteiro

Senhoras e Senhores. Amados familiares e amigos. Nosso Guia e Amigo Professor Alcy Cheuiche. Queridos colegas Escritores e Escritoras

Uma idéia, um vôo alçado. Em revoada, vinte e nove pássaros rompem os céus de Porto Alegre e Paris. Como a águia ensinando seus filhotes a voar, o Professor, com conhecimento e experiência, guia e protege seus discípulos até que, firmes e seguros, o façam com suas próprias asas.

Personagens passeiam em contos. Derramam palavras traduzidas em emoção na infinitude do tempo e do espaço. Com a loucura transgressora da imaginação, removem séculos para contar histórias com sabor de passado. Entre subterfúgios, escondem auto-retratos em reconciliação libertadora do grito sufocado.

Dançam em palcos e pontes em reverência a grandes mestres da música. Traduzem em impressões sentimentos pintados a céu aberto. Destacam igrejas, palácios, prédios e monumentos históricos por seus estilos arquitetônicos e por relevantes fatos protagonizados. Entremeiam o sacro e o profano inspirados no silêncio das catedrais. Percorrem museus e bibliotecas vasculhando detalhes que fazem saltar a inspiração. Sobem torres para sentirem-se grandiosos diante de pontinhos lá longe.

Remontam praças para construírem feiras de livros e espalharem pintores e artesãos, cercados por suas obras de arte. Assistem a jogos de futebol com suas torcidas organizadas. Visitam parques em dias de festa, deixando-se contaminar pela alegria efervescente dos espetáculos de rua. Buscam jardins por suas flores embelezadas de tons multicoloridos e cheiros de natureza. Vagam por praças e ruas em busca de aventuras ou de encontros amorosos. Deparam-se com o inusitado em transeuntes comuns das cidades, como palhaços ou clochards. Revivem circos com seus palhaços, trapezistas, mágicos e malabaristas.

Desfilam a moda em passarelas. Cobrem mulheres de jóias enaltecendo a vaidade. Entram em mercados comuns ou das pulgas em busca de especiarias e antiguidades. Viajam de barcos ou catamarãs com o cheiro das águas, o balançar de suas ondas e o reflexo do sol dourando ao redor.
Sonham fantasias guardadas em lugares sombrios de suas mentes. Vivem com coragem prazeres revestidos de preconceitos. Abafam a vida permitindo fantasmas ocuparem seus vazios. Ressuscitam tradições em rituais que confirmam origens da terra natal. Recordam tempos negros da história. Incorporam o místico para melhor enfrentarem seus medos. Recorrem às lendas pela obscuridade do real. Irradiam paixões em beijos desejados. Reconstroem reuniões familiares emprestando-lhes um quê de sonho para as mazelas não virem à tona. Denunciam misérias sociais na esperança de serem ouvidos. Revelam palmeiras como um bálsamo a amenizar suas angústias. Acolhem calores maternos para suavizarem dores e sofrimentos. Mergulham na infância para abraçarem a criança que habita dentro de si.

Pandora, Capuccino, Darci, Diana, Vitória, Itzá, Laila, Andréia, Catarina, Florisman, Hugo, João Palito, Carlos, Maria Antonieta, Lorenzo, Jasmin, Luiza, Aristides, Desirée, João Vitor do Capivari, Robert, Leonardo, Monsieur Bernard, Jefraim, Varela e outros personagens, anônimos ou não, dão vida ao livro Entre o Sena e o Guaíba.

Criados por nós, vasculharam nossas mentes e protagonizaram novecentos contos durante o processo de realização da oficina de criação literária bilíngue Alcy Cheuiche. Invadiram Porto Alegre e Paris. Com a fúria do olhar curioso, escanearam imagens reais ou fictícias para melhor encenarem seus contos.

Quem de nós, durante este ano, envolvidos com este projeto, não dirigiu sua vida para que tudo desse certo? Não apostou convicto que nada falharia? Não antecipou ou correu de última hora para os acertos finais? Não se angustiou com a possibilidade de que algo pudesse fugir do seu controle?

Quem de nós não reconheceu seus personagens atuando em lugares antes apenas imaginados? Na mesma tarde que cheguei a Paris, quando pisei o pé na rue Mouffetard, reconheci imediatamente Pandora, através de uma janela de um restaurante, sentada, saboreando prazerosamente um cálice de vinho e um croque-monsieur. E quantas outras tantas cenas não foram identificadas, tão vivas foram construídas por nós?

Como crianças ansiosas, respiramos aliviados ao vermos o livro pronto com seus oitenta e sete contos. Suas páginas abertas ensaiam vôos entre Porto Alegre e Paris. Escrever é voar. Através de nossos personagens seremos quem quisermos. Poderemos ir onde desejarmos. Nosso limite somos nós mesmos. Portanto, do fundo do coração, desejo a todos que rompam seus limites, extraiam de suas almas mundos desconhecidos, voem com os pássaros, voem como os pássaros, plenos, leves e livres.

Aqui, reservo este espaço para dignificar nosso guia que com a prudência e a generosidade do sábio nos conduziu entre os céus de Porto Alegre e Paris. Ao Professor Alcy Cheuiche nossa gratidão por nos acreditar capazes de tamanha audácia. Obrigada Professor pelo ensinamento, pela ética e, sobretudo, pela certeza do resultado.

Aos meus queridos colegas, obrigada pela confiança manifestada em calorosa indicação do meu nome para representá-los em momento tão importante. Obrigada a todos pela demonstração de carinho em nos prestigiar com a sua presença. Merci!

sábado, 29 de outubro de 2011

É difícil saber o que de fato é politicamente correto em se tratando de redes sociais. Afinal, a tal democracia digital existe não só para o acesso, como para a expressão.

Acho um saco ter que ficar "policiando" ideias e o que dizer ou não. Mas pior são aqueles que tentam ensinar aos demais o que podem/devem ou não escrever.

Sinceramente, considerando que o Rafinha Bastos, com todo o seu besteirol e transgressões virtuais, tem milhares de seguidores no twitter, qual é o problema de colocar hashtag no facebook, ou curtir milhões de vezes os comentários dos outros, ou ainda postar"#FicaDica"?

Não curto besteiras, bagacerices, bulling virtual e tudo mais, mas pior são os metidos a estabelecer etiquetas de redes sociais, roubando delas tudo o que tem de mais rico: a espontaneidade e a liberdade de expressão.

#Partiu!!!!!!

domingo, 23 de outubro de 2011

Convite de Lançamento do Livro


Olá amiga (o),

Abaixo, segue o convite para o lançamento do livro "Entre o Sena e o Guaíba", escrito por um grupo de escritores amadores gaúchos, dos quais faço parte.

Após um ano de muito estudo, pesquisa e desenvolvimento de técnicas de escrita produzimos uma média de 40 contos, cada escritor, através de uma oficina de criação literária coordenada pelo escritor Alcy Cheuiche.

As cidades de Paris e Porto Alegre são retratadas através do olhar dos personagens e dos escritores de uma forma criativa e original. Os textos são em português e francês, cada escritor selecionou 3 contos para compor a obra final.

Ficaria muito feliz de partilhar este momento significativo com você que faz parte da minha vida.

Maiores informações, abaixo, no convite.

Abraços. Dani

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Receitinha boa

Olha o pão quentinho saindo!

No CTG Laços da Querência, do Clube do Professor Gaúcho, o pão caseiro já virou tradição. Todos os anos, os integrantes montam um forno de barro no piquete e preparam a iguaria de forma artesanal.

A titular da cozinha é a aposentada Zeli Castro, 63 anos. Ela conta com a ajuda do amigo Silvio Fioravanti, 62 anos, para quem ensinou todos os segredos da receita. Quando os dois se juntam para preparar a massa, ninguém resiste. O cheiro do pão fresco se espalha pelo parque todos os dias. Uma delícia!

Para quem quiser tentar fazer em casa, Zeli e Silvio mandam a receita. Aí vai:

Ingredientes para dois pães:

1kg de farinha

1 pacote de fermento biológico

1 colher de sopa de sal

2 ovos

meia xícara de azeite

meia xícara de açúcar

água (em quantidade suficiente para deixar a massa macia)


Modo de preparo:

Misture tudo e amasse bem até ficar uma massa homogênea. Deixe crescer por cerca de uma hora. Depois, sove mais um pouco e coloque nas formas. Deixe descansar e leve ao forno pré-aquecido, a uma temperatura de 180°C. Deixe assar de 30 a 40 minutos. E está pronto!

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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Tenho que dar um jeito de tratar o meu vício do FACEBOOK. Dar um tempo, achar outras coisas para me concentrar.

Esse mês foi muito estranho, muito vazio, muito frio, muito sem sentido...

Espero que a primavera traga consigo o meu ânimo e meu encantando em retomar a vida depois de tudo que vivi este ano.

Aos poucos vou tentando...

domingo, 22 de maio de 2011

Aos poucos vamos descobrindo novas nuances sobre nossas vidas...

Descobri que quanto mais atividades estou envolvida, mais consigo dar conta das minhas demandas.

Se estou sem muitas atividades, parece que um certo desânimo ou dispersão e falta de concentração toma conta de mim.

Ano passado eu desenvolvi uma quantidade imensa de projetos e atividades. Este ano fiz opções, foquei em determinadas atividades que considero importantes, mas me sinto perdida e sem foco.

Não sei se isto se deve as confusões que aconteceram em minha vida, no início deste ano, ou se é um novo momento de vida, afinal estou ingressando na idade da loba. Ui!

De qualquer forma, sinto que perdi algo e que novas perspectivas, sentimentos e sensações tomando conta de mim e estou me redescobrindo como se fosse uma nova pessoa se descurtindando a partir de mim mesma.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

O centauro

Daniela Soares da Rosa.

29 de abril de 1911. Nasce o centauro pampeano. A bombacha, o lenço no pescoço, o tirador. O fio do bigode, valores, crenças. Dias bucólicos preenchidos por heróicos atos de coerência diária. Simplicidade, trabalho, grandeza no fazer, confiança. Misturados numa teia de elementos que constrói a história que é deixada de inventário.

Rigor. Ser na medida certa, humildade. Firmeza no laço, nas rédeas, nos passos, na lealdade com os seus. Doçura no olhar, no coração amorosidade e delicadeza na fala. O tom da voz profunda que o tempo não tirou a força, roubou-lhe apenas um pouco da audição. Mas para escutar, nem sempre é preciso ouvir.

Sabedoria, vivência, práxis, alma tisnada de saber empírico. Exemplo, marcado a ferro nas almas circundantes, na família, nos amigos, nos superiores, nos admiradores, nos que hão de vir, através da memória destes.

29 de abril de 2011. Milhões de pessoas aguardam o mais novo casal real sair da abadia de Westminster. Príncipes, princesas, rainhas e reis. Atos centenários revividos. A reverência ao passado, aos antepassados nos faz ser o que somos. Identidade. Ritos, costumes, alianças, valores, véus, cultura, lenços, passado, presente.

Cinco da manhã. Um chimarrão cevado pelo frio da madrugada gaúcha, ao lado o fogão a lenha companheiro de todos os dias da lida, e vida. O bichano cor da noite. O estalido da lenha queimando. Debaixo do teto de zinco enferrujado, a madeira envelhecida pelo rigor do clima da campanha, onde o vento penetra pelas frestas que o tempo havia talhado na velha cozinha da casa. O centenário do nascimento de Florisman. Seus atos revivem em nós. A tradição se cumpre.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

2010 foi um ano corrido pra mim. Nem minha coleção de cactus sobreviveu a minha total falta de tempo para ela. Aos poucos vou retomando as coisas da casa...

2011 já ingressou com algumas atribulações e novas situações de vida.

Já comentei por aqui que não gosto de anos ímpares? Não sei porquê mas eles nunca são bons para mim... Enfim... supertições.

Mas, para colocar tudo no seu devido lugar vou tentando organizar minhas novas atribuições do mais simples para o mais complexo. Vamos começar pelas coisas pequenas, as grandes serão decorrência das pequenas conquistas cotidianas.

E assim vamos desenhando 2011, que já avançou até o mês de abril num piscar de olhos...