quarta-feira, 13 de maio de 2009

Perdi o sono e voltei pra net...

Um comentário:

. disse...

Olá, Dani!

O texto (contraponto) sobre o capitalismo, apresentado na Escola Sul da CUT, foi inspirado nos papos aleatórios que tínhamos na FTIA/RS, sobre "amenidades".
Bom, dá prá ver que os assuntos não eram tão amenos assim!
Na era da informática, em que a sociedade se organiza em redes, pessoas inteligentes e com conteúdo não conseguem se distanciar completamente. Já que é permitida uma proximidade virtual, acesso o teu blog diariamente.

Paz, saúde e sucesso!

Valdemir

CAPITALISMO

Liberdade, para quem?

Algumas marcas intrínsecas do capitalismo como a ambição desmedida, a competição, o egoísmo, a lógica do “ou tudo para mim, ou nada para todos”, a dominação, contribuem para que esse sistema seja causador de danos à humanidade.

O capitalismo globalizado é responsável pela exclusão social, exploração dos trabalhadores e pela degradação ambiental.

É um equívoco pensar que é possível “humanizar” o capitalismo, pois seus valores vão de encontro (chocam-se) com qualquer perspectiva de uma sociedade justa, igualitária e solidária.

Entretanto, estamos longe de construirmos alternativas reais de enfrentamento a esse meio de acumulação de riquezas individuais. Agora, isso não significa que tenhamos que no adaptar a ele e abrirmos mão de combatê-lo.

O Socialismo verdadeiro, mesmo que para alguns “esquerdistas” seja inatingível, tem que continuar sendo uma meta. Mas, que sistema seria esse?

Mesmo as experiências frustradas de socialismo, no mundo, comprovaram que outro mundo é viável e que a hegemonia capitalista poderá ser derrotada. De que forma?
Como é um processo em construção, quem sabe absorvendo o que deu certo em cada uma dessas experiências. Quem sabe transformando os momentos de crise capitalista como o atual, em oportunidades para mudanças mais profundas, sob uma nova ótica. Afinal, uma de suas facetas, o neoliberalismo e a falácia de que o “deus” mercado tudo resolve, foi por água a baixo.

Mesmo em períodos de grande prosperidade e desenvolvimento econômico, a justiça social não foi alcançada. Pelo contrário, as desigualdades se agravaram com o aumento da miséria e exploração dos trabalhadores. Também os avanços tecnológicos, se por um lado criaram uma série de facilidades para o ser humano, por outro geraram desemprego, na medida em que as máquinas substituíram os trabalhadores. Além disso, aumentaram as doenças do trabalho, causadas pelo aumento do ritmo de trabalho e exigência de produtividade e de metas inatingíveis.

Cada vez mais, as organizações sociais e em especial o movimento sindical são fundamentais na construção de alternativas para uma sociedade, em que a produção de bens e serviços visem o bem estar coletivo e respeitem os limites humanos, ecológicos e planetários.

A liberdade apregoada pelo capitalismo, a quem beneficia? Onde prevalece a lei do mais forte, será que existe liberdade? Liberdade de quem, usada para quê? As respostas todos sabemos.

Então, o crescimento econômico, a prosperidade, a produtividade, o lucro e as saídas para as crises criadas pelo próprio sistema, não podem ocorrer às custas do sacrifício dos trabalhadores.


Valdemir Corrêa – Secretário de Formação e Comunicação da FTIA/RS
(março 2009)