Afora ser um ponto turístico obrigatório de Buenos Aires, é
um lugar cercado por um certo preconceito que persegue os típicos
bairros portuários, por serem compostos por pessoas de baixa renda e trabalhadores
braçais. Realmente, não é um bairro tradicional e chique da cidade, mas não é
assim coisa de outro mundo.
Não somos “guris de apartamento” não temos temores deste
tipo, tampou preconceito. Geralmente, estas impressões são exageros de pessoas
que não costumam conhecer lugares onde moram trabalhadores pouco abastados.
Tomamos um transporte coletivo comum (línea 152), que é muito barato, pois é
subsidiado pelo governo, custa apenas 1,25 pesos, passa atrás da Casa Rosada e
deixa no Caminito.
O lugar é um bairro que se transformou para receber
turistas, na minha humilde opinião perdeu toda sua originalidade por causa
disto. São ruas “forçadamente” caracterizadas onde existe uma sucessão de
lojinhas de souvenirs que tira todo o
sentido daquilo que fez daquele lugar um bairro histórico e pitoresco por suas características únicas ressaltadas pelas mãos de um artista local.
Além disto, um
enorme número de bailarinos querendo, praticamente forçando, turistas a tirar
fotos em troca de dinheiro, fazendo malabarismos exagerados no colo das
pessoas não é nada agradável. Nem pensar em tentar uma foto despretenciosa, pois também são
cobradas. Se ousar fazê-lo corre-se o risco de ser xingado em público.
Enfim, é um lugar onde as pessoas vão sem saber porquê e
voltam na mesma. Para mim o mais legal foi observar os casarios coloridos, os paseos, os tipos existentes por lá. Os
pintores (artistas plásticos) de rua, embora desconhecidos, era o que havia de
mais original por ali, todo o resto me pareceu fabricação.
Preferimos comprar uma tela (90 pesos) e valorizar o trabalho dos artistas locais do
que comprar nas lojinhas. Nossa contribuição, enquanto turistas, foi de 5 pesos
por uma foto num dos inúmeros painéis, onde enfia-se o rosto e instantaneamente
você vira um dançarino de tango com seu par. Pronto.Registrada nossa passagem
por ali.
Andando cerca de alguns minutos chegamos a La Bombonera , sede do Boca
Júniors. A visita guiada custa cerca de 50 pesos por pessoa, dá direito a
entrada no Museu e ao estádio, depois se estiver afim, dá pra passar na lojinha
de artigos licenciados e adquirir sua camiseta. Mas se você estiver com pouca
grana, ou sem tanto estímulo como nós, que esperávamos comemorar a vitória
deste sobre o Corinthias na final da Libertadores 2012. Infelizmente, isto não
aconteceu. Então pode tirar sua fotinho na calçada das estrelas que fica na
frente do estádio, registrar sua passada e fim de papo.
Dali tomamos a línea 64 e seguimos para o barrio once, o
lugar de compras populares, equivalentes a 25 de março, em São Paulo , e a
Voluntários da Pátria, em
Porto Alegre.
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